A
mistura de acidez e doçura, o abacaxi de Frutal/MG é destaque em âmbito nacional.
Essa cultura tem sido incentivada como atrativo turístico e como base para o
desenvolvimento econômico do município.
‘’A abacaxicultura é uma atividade de grande
expressão no município. A safra 2011 foi positiva, tivemos uma produção de
aproximadamente 72.000 toneladas de abacaxi, colhidos em 2.400 hectares.
A estimativa para a safra de 2012 é de uma produção de 63.000 toneladas em
2.100 hectares. A área plantada diminuiu, devido à competitividade de outras
culturas’’, afirma o secretário municipal de agricultura e pecuária Rodolfo
Pedro Victor.
De sol a sol sofrendo com a estiagem, apesar
dos problemas climáticos, a produção de abacaxi deve-se manter estável. A fruta
é direcionada para os mercados, marreteiros (venda pelas ruas) e para os
vendedores das pistas. Esses ganham destaque, próximo ao trevo de Frutal/MG.
Todos os dias é um vai-e-vem
na BR-364 que liga Frutal à Planura. O sol escaldante e o barulho dos motores
de caminhões, carros e motos se fazem presente. Chegando ao trevo, a atenção
dos motoristas, e o estacionar dos veículos são consequências das barracas de
abacaxi, que atraem os olhares mais distantes.
Zilma da Silva Soares,
47, vendedora de abacaxi na BR-364 diz: ’’Compro dos produtores e revendo
na barraca’’, emenda lamentando a falta de chuva: ’’Prejudicou bastante. Tem
menos abacaxi, o preço tá aumentando cada vez mais’’. Ou seja, o abacaxi tem
adoçado os bolsos dos produtores.
Uma barraquinha aqui,
ali e acolá, e haja abacaxi para vender. A concorrência no trabalho está em todo
lugar, não seria diferente nas barracas de abacaxi: ‘’Cada um vende seu produto
com um preço. Se ele consegue compra mais barato passa um preço mais barato, se
comprar mais caro vai ter que passar um preço mais caro... Com abacaxi menor, a venda cai, pois a pessoa vai na barraca da
frente conferir o abacaxi deles, isso é a concorrência’’, relata Zilma.
A história de Alceu
José de Freitas, 62, entrelaça-se com a produção e venda de abacaxi. ‘’Tem 20
anos que trabalho em barraca, mas que mexo com abacaxi faz 40 anos, eu já fui
marreteiro e vivo da venda de abacaxi’’. Sobre a atual situação do abacaxi ele
afirma: ‘’Diminuiu a produção, mas o consumo aumentou. O lucro vem da gente
vende mais caro. Antes pequenos ninguém vendia na roça, perdia lá, já agora é
caro’’. Alceu destaca os feriados como principais épocas de venda, e os
caminhoneiros como principais compradores.
Com destino à
Belém/PA o caminhoneiro Alexandre Cândido da Silva, 43, conta: ‘’Há uns 15 anos
faço esse trajeto de Altinópolis/SP para o Belém, e sempre estou levando
abacaxi de Frutal para família’’
Vendendo abacaxi há
anos Alceu revela sobre as placas chamativas na beira da pista: ‘’É uma forma
de chama freguês, chamar atenção pra pessoa parar ver que o 30 por 5 é tudo
pequenininho e levar o outro mais bonito e mais caro. Quando a gente vem põem a
placa, ai a pessoa influi em parar’’.
Portanto a barraca do abacaxi chama atenção do motorista, o
sorriso largo mineiro proseia, e o abacaxi adocica. É o motorista saboreando a
fruta que é destaque na economia frutalense. Tem gente que chega, tem gente que
passa, e tem gente que sai, mas o que fica são as barraquinhas de abacaxi, fazendo
história na cidade de Frutal, patrimônio das Frutas.
Escrito por: Gabriel Henrique
6ª Período de Comunicação Social / Jornalismo - 2012
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