quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Abacaxi atrai e conquista viajantes

A mistura de acidez e doçura, o abacaxi de Frutal/MG é destaque em âmbito nacional. Essa cultura tem sido incentivada como atrativo turístico e como base para o desenvolvimento econômico do município.
 ‘’A abacaxicultura é uma atividade de grande expressão no município. A safra 2011 foi positiva, tivemos uma produção de aproximadamente 72.000 toneladas de abacaxi,  colhidos em 2.400 hectares. A estimativa para a safra de 2012 é de uma produção de 63.000 toneladas em 2.100 hectares. A área plantada diminuiu, devido à competitividade de outras culturas’’, afirma o secretário municipal de agricultura e pecuária Rodolfo Pedro Victor.
         De sol a sol sofrendo com a estiagem, apesar dos problemas climáticos, a produção de abacaxi deve-se manter estável. A fruta é direcionada para os mercados, marreteiros (venda pelas ruas) e para os vendedores das pistas. Esses ganham destaque, próximo ao trevo de Frutal/MG.
          Todos os dias é um vai-e-vem na BR-364 que liga Frutal à Planura. O sol escaldante e o barulho dos motores de caminhões, carros e motos se fazem presente. Chegando ao trevo, a atenção dos motoristas, e o estacionar dos veículos são consequências das barracas de abacaxi, que atraem os olhares mais distantes.
Zilma da Silva Soares, 47, vendedora de abacaxi na BR-364 diz: ’’Compro dos produtores e revendo na barraca’’, emenda lamentando a falta de chuva: ’’Prejudicou bastante. Tem menos abacaxi, o preço tá aumentando cada vez mais’’. Ou seja, o abacaxi tem adoçado os bolsos dos produtores.
Uma barraquinha aqui, ali e acolá, e haja abacaxi para vender. A concorrência no trabalho está em todo lugar, não seria diferente nas barracas de abacaxi: ‘’Cada um vende seu produto com um preço. Se ele consegue compra mais barato passa um preço mais barato, se comprar mais caro vai ter que passar um preço mais caro... Com abacaxi menor, a venda cai, pois a pessoa vai na barraca da frente conferir o abacaxi deles, isso é a concorrência’’, relata Zilma.
A história de Alceu José de Freitas, 62, entrelaça-se com a produção e venda de abacaxi. ‘’Tem 20 anos que trabalho em barraca, mas que mexo com abacaxi faz 40 anos, eu já fui marreteiro e vivo da venda de abacaxi’’. Sobre a atual situação do abacaxi ele afirma: ‘’Diminuiu a produção, mas o consumo aumentou. O lucro vem da gente vende mais caro. Antes pequenos ninguém vendia na roça, perdia lá, já agora é caro’’. Alceu destaca os feriados como principais épocas de venda, e os caminhoneiros como principais compradores.
Com destino à Belém/PA o caminhoneiro Alexandre Cândido da Silva, 43, conta: ‘’Há uns 15 anos faço esse trajeto de Altinópolis/SP para o Belém, e sempre estou levando abacaxi de Frutal para família’’
Vendendo abacaxi há anos Alceu revela sobre as placas chamativas na beira da pista: ‘’É uma forma de chama freguês, chamar atenção pra pessoa parar ver que o 30 por 5 é tudo pequenininho e levar o outro mais bonito e mais caro. Quando a gente vem põem a placa, ai a pessoa influi em parar’’.
Portanto a barraca do abacaxi chama atenção do motorista, o sorriso largo mineiro proseia, e o abacaxi adocica. É o motorista saboreando a fruta que é destaque na economia frutalense. Tem gente que chega, tem gente que passa, e tem gente que sai, mas o que fica são as barraquinhas de abacaxi, fazendo história na cidade de Frutal, patrimônio das Frutas.



Escrito por: Gabriel Henrique
6ª Período de Comunicação Social / Jornalismo - 2012

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