quarta-feira, 26 de setembro de 2012

CAVALETES ELEITORAIS, PUBLICIDADE INCÔMODA

            Viver em Frutal e não se espantar com a força da política, só mesmo tendo a raíz aqui há muitos anos. Não há quem vem venha de fora que não comente o espanto sobre a força da “arte de politicar” do povo frutalense.
            Frutalense ou não, qualquer pedestre ou motorista que passa por aqui se espanta com a quantidade de cavaletes "obstáculos" nas nossas praças, canteiros, esquinas e etc. É só entrar no facebook e uma breve pesquisa ou comentário, que se comprova a indignação das pessoas com os cavaletes e os “bandeirantes”, que ficam nas esquinas, atrapalhando quem vem de carro, a pé, de bicicleta e carroça, além lógico, de mostrar a marca do candidato.
            Mas se é geral o descontentamento com essas placas e bandeiras, por que elas são tão presentes? A tecnologia de impressão digital facilitada e mais barata que antes, juntamente com a limitação de tamanho para 4m² das peças publicitárias nas eleições, provavelmente afunilaram para essa mídia, pois ela é de fácil e rápida visualização, como se fosse um santinho grandão e permanente. E tal idéia resulta no pensamento permanente em campanhas políticas: “quanto mais mídia melhor”. Isso é literalmente o que acontece, eles fazem o quanto dá, até a última gota do orçamento. O resultado dessa brilhante sacada de mídia é uma enorme poluição visual, pois as várias propagandas se misturam gerando um borrão de cavaletes coloridos.
            Do outro lado da história tem o caso do candidato que substituiu seus cavaletes por lixeiras, usando formas criativas para escapar do caos que são os cavaletes ou de alguns candidatos que se negam mesmo a fazer esse tipo de propaganda. Fica a questão para os “anunciantes”: Será que sua foto e seu número no meio de outras quatorze plaquinhas com fotos e números irão te assegurar ou ganhar votos, ou somente gerar uma publicidade negativa?

O lado do pedestre

Pipocam vídeos e propostas nas mais diversas partes do Brasil e também em Frutal, de que a solução seria chutar, derrubar, roubar, entre as mais variadas propostas para os cavaletes. Não é bem por aí, o cavalete é propriedade privada e o incômodo pode se tornar dor de cabeça maior ao danificar propriedade de terceiros.
A exposição de cavaletes é regulamentada pela resolução nº 23.370 do TSE, que veta qualquer exposição que atrapalhe o bom andamento do trânsito de veículos e pedestres, além de vetar colocação de propaganda em árvores e jardins em área pública, mesmo que não os causem danos.
Se você ficar incomodado e o cavalete estiver irregular, depredar a propriedade alheia não vai resolver nada, o correto é denunciar ao Ministério Público, para que as devidas providências sejam tomadas.

Escrito por Kaio Cesar
6° período Comunicação Social – Jornalismo 2012


Kaio Cezar
           

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