sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O espetáculo das flores


Um cenário de encher os olhos e a alma. Quem passou nos últimos dias pela Praça Dr. Alcides de Paula Gomes, mais conhecida como Praça da Matriz em Frutal, pode notar um verdadeiro espetáculo da natureza. Em meio às altas temperaturas e o tempo seco dos últimos meses, a florada dos ipês surpreende por sua beleza e variedade de cores. Os tons exuberantes do amarelo e branco se destacam em meio ao verde menos “vivo”, típico dessa época do ano, mostrando como a natureza é capaz de se renovar. A espécie considerada símbolo do cerrado brasileiro foi batizada na língua tupi-guarani, “árvore de casca grossa ou madeira que flutua” e eternizada nos versos de vários poetas, como Martins Fontes. A beleza singular da florada dos ipês, em especial o ipê amarelo, levou o Poder Executivo de 1961 a aprovar um decreto no qual a mesma passou a ser reconhecida como a Flor Nacional.
A florada dos ipês, que dura em média uma semana, é sinal de que a estação das flores se aproxima. A primavera que começa amanhã, dia 22, mais precisamente às 11:49 da manhã, é tipicamente associada ao reflorescimento da flora e da fauna terrestre além de marcar também a volta das chuvas após um longo período de estiagem. Segundo o biólogo Eduardo Neto, os ipês florescem em época diferenciada em relação a outras espécies e em lugares não tão favorecidos em relação à disponibilidade de água, característica comum ao bioma do cerrado brasileiro. A primavera, além de proporcionar belas paisagens também é o período de reprodução das espécies, com destaque para a ação polinizadora dos insetos que resulta em um equilíbrio ecológico, destaca.
A estudante Mariana Mello se diz encantada com o espetáculo da florada. “Poder contemplar essa beleza de Deus, mesmo nessa época tão seca e quente, é um grande presente, uma dádiva”.


Como uma chuva de ouro
no ar, parada
Na fronde dos ipês, no
fervedouro
Desse amarelo e
mágico tesouro,
Vejo a Pátria pairar,
simbolizada:

É aqui tão fácil
encontrarmos ouro,
Que o acharemos nas árvores da estrada,
E a quem quiser essa riqueza é dada,
E o que é nosso e de todos logradouro.

Martins Fontes

Escrito por Octávio Augusto
6° período Comunicação Social – Jornalismo 2012

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