Maria, Ana,
José, João... Não é preciso fazer pesquisas científicas para provar que esses
são os nomes mais populares no Brasil. Basta fazer as contas, quantas Marias
você conhece? De fato, todo mundo conhece alguma Maria, ou um João. Mas,
quantas pessoas você conhece que têm o nome ímpar? Pelo menos uma.
O Brasil é um
berço de diversidades culturais e isso inclui os nomes dos brasileiros. Temos
os clássicos que rodam o país no boca-a-boca. Ninguém nunca viu, nem tem certeza,
mas crê que existe alguém chamado Um Dois Três de Oliveira Quatro, ou uma
Felicidade do Lar Brasileiro. O mais recente caso no país foi o bebê
Facebookson, de São Paulo. Felizmente, era só mais um viral da internet, o que
não passou de uma grande brincadeira.
A verdade é que
existem sim, pessoas com nomes infreqüentes, fato cada vez mais comum. Angela
Maria Ribeiro de Morais, professora do ensino fundamental de escolas municipais
em Frutal, já viu muitos nomes exóticos. Entre eles está o da garota Alexchevyna
e o menino Tianri Hanry, ambos em processo de alfabetização. De acordo com
Ribeiro, a primeira coisa que a criança aprenda na escola é escrever o próprio
nome, e de certa forma, quando a criança tem um nome muito complicado, o
aprendizado é mais demorado. “A criança
aprende a olhar o seu nome e copiar, ela copia apenas, ela não entende a
pronúncia das palavras corretamente, isso dificulta o aprendizado”, conclui.
Ribeiro ainda relembra dois irmãos que
estudavam na escola em que ela leciona, “Era o Maicon e o Taison, eles diziam
que a mãe gostava do Mike Tyson por isso eles têm o nome do lutador”. Apesar de
conviver com nomes distintos todos os dias, ela e o marido Edgar de Morais têm
dois filhos, o mais velho Elker e o mais novo Lineker, cujos nomes são inéditos
em Frutal. O nome dos filhos, que nasceram em anos de Copa do Mundo (1986 e
1990), foi inspirado em nomes de jogadores de futebol da época. Elker confessa
nunca ter tido muitas dificuldades nem aborrecimentos com seu nome, já Lineker,
só enfrenta o erro ortográfico alheio, “As pessoas sempre escrevem Liniker com
i, por causa da pronúncia” relata a mãe.
Você gosta
do seu nome? Não? Sabia que o cidadão brasileiro pode mudar o nome? O advogado
Lausamar Humberto, destaca o artigo 56 da Lei nº
6.015/73, a Lei de Registros Públicos, segundo ele a pessoa não pode
mudar o nome apenas por vontade, é preciso um motivo justo, como por exemplo,
um nome que cause constrangimento no cidadão pode ser mudado. Mas se você gosta
do seu nome, e sofre preconceito por isso, você pode processar a pessoa que
está lhe acarretando essa dor de cabeça, movendo uma ação moral contra ela.
Seja Maria
da Silva ou Maria Pinto, seja João da Silva ou João Sem Sobrenome, são todos cidadãos
brasileiros. E brasileiro, cá pra nós, tem uma criatividade particular bastante
interessante, o que nos torna, um povo exclusivo.
Confira na íntegra a Lei 6.015/73: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6015.htm
Origem do Faceboookson: http://oglobo.globo.com/tecnologia/e-tudo-mentira-4707979
Lista de nomes que roda a internet: http://algunsnomesestranhos.blogspot.com.br/
Lista de nomes que roda a internet: http://algunsnomesestranhos.blogspot.com.br/
Escrito por: Mariana Nogueira
6ª Período de Comunicação Social / Jornalismo - 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário