terça-feira, 4 de setembro de 2012

Frutal, agosto e setembro de qualquer ano.

    Já é de costume da população o sofrimento causado pelo ar seco dessa época, pois, além dos já conhecidos problemas respiratórios, outros aparecem com a sequidão do ar: queimadas e fumaça, muita fumaça, por exemplo.
            Quem mora perto ou frequenta os arredores da COPASA, Alvorada Praia Clube e Complexo UEMG-Hidroex pode observar semanalmente, às vezes, até diariamente, o fogo ardendo às margens do Ribeirão Frutal, em que a maioria da vegetação rasteira foi destruída e algumas árvores de grande porte caíram pelo poder do -homem- fogo.
            No último incêndio da área, presenciei de perto, já que estava no clube vizinho do ribeirão. Naquela ocasião, alguns funcionários do clube tentavam acabar com os últimos focos de incêndio. Ao indagar a um deles quem e por que colocaram fogo, o mesmo disse ser “bagunça de molecada”. Porém é de se estranhar que a “molecada” tenha um mau gosto tão grande e contínuo de se destruir as margens de um ribeirão afim de se divertir? Parece que não seja apenas brincadeira e muito menos sem alguma outra intenção.
            Quem será o causador de tanto fogo e fumaça? É o que os moradores das redondezas querem saber, como afirma Neusa Maria Gomes, 67 anos, moradora da rua Miguel Couto: “Essas queimadas? Não dá sossego não. Eu queria saber quem põe fogo para tomar providência. É um sofrimento, o ar fica ruim, as roupas no varal sujam tudo. E nem é só ali, nos terrenos vagos também, afirma a moradora”.
           
            Como proceder no caso de presenciar mais queimadas?

            O cidadão que quiser tomar providência, caso flagre alguém incendiando algum local, deve entrar em contato com a Secretaria do Meio Ambiente ou com a Polícia Ambiental, como explica o secretário de Meio Ambiente, José Neto: “Se você pega o cidadão colocando fogo ali na área de APP (Área de Preservação Permannte) ou mesmo em qualquer outro local, além de provocar dano ambiental, ele está prejudicando a população de várias formas. É previsto (penalização), porém não conseguimos flagrar, mas quando se descobre, automaticamente aciona a polícia do Meio Ambiente.”
Ainda de acordo com o secretário, o município não dispõe de lei específica para tal problema, mas as ocorrências são encaminhadas ao ministério público para que seja aplicada a lei estadual. “Eu coloco aqui a disposição o telefone da secretaria de meio ambiente que é 3421-3510. Ou ligue direto para a polícia do meio ambiente, que é o 198.”

            Só nos resta como cidadão, caso presenciemos algo, denunciar a “molecada” que anda pregando peças bem sufocantes no restante da população.

Escrito por: Kaio Cezar
6ª Período de Comunicação Social / Jornalismo - 2012











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