Já é de costume da população o sofrimento
causado pelo ar seco dessa época, pois, além dos já conhecidos problemas
respiratórios, outros aparecem com a sequidão do ar: queimadas e fumaça, muita
fumaça, por exemplo.
Quem mora
perto ou frequenta os arredores da COPASA, Alvorada Praia Clube e Complexo
UEMG-Hidroex pode observar semanalmente, às vezes, até diariamente, o fogo
ardendo às margens do Ribeirão Frutal, em que a maioria da vegetação rasteira
foi destruída e algumas árvores de grande porte caíram pelo poder do -homem-
fogo.
No último
incêndio da área, presenciei de perto, já que estava no clube vizinho do
ribeirão. Naquela ocasião, alguns funcionários do clube tentavam acabar com os
últimos focos de incêndio. Ao indagar a um deles quem e por que colocaram fogo,
o mesmo disse ser “bagunça de molecada”. Porém é de se estranhar que a
“molecada” tenha um mau gosto tão grande e contínuo de se destruir as margens
de um ribeirão afim de se divertir? Parece que não seja apenas brincadeira e
muito menos sem alguma outra intenção.
Quem será o
causador de tanto fogo e fumaça? É o que os moradores das redondezas querem
saber, como afirma Neusa Maria Gomes, 67 anos, moradora da rua Miguel Couto:
“Essas queimadas? Não dá sossego não. Eu queria saber quem põe fogo para tomar
providência. É um sofrimento, o ar fica ruim, as roupas no varal sujam tudo. E
nem é só ali, nos terrenos vagos também, afirma a moradora”.
Como
proceder no caso de presenciar mais queimadas?
O
cidadão que quiser tomar providência, caso flagre alguém incendiando algum
local, deve entrar em contato com a Secretaria do Meio Ambiente ou com a
Polícia Ambiental, como explica o secretário de Meio Ambiente, José Neto: “Se
você pega o cidadão colocando fogo ali na área de APP (Área de Preservação
Permannte) ou mesmo em qualquer outro local, além de provocar dano ambiental,
ele está prejudicando a população de várias formas. É previsto (penalização),
porém não conseguimos flagrar, mas quando se descobre, automaticamente aciona a
polícia do Meio Ambiente.”
Ainda de acordo com o
secretário, o município não dispõe de lei específica para tal problema, mas as
ocorrências são encaminhadas ao ministério público para que seja aplicada a lei
estadual. “Eu coloco aqui a disposição o telefone da secretaria de meio
ambiente que é 3421-3510. Ou ligue direto para a polícia do meio ambiente, que
é o 198.”
Só nos
resta como cidadão, caso presenciemos algo, denunciar a “molecada” que anda
pregando peças bem sufocantes no restante da população.
Escrito por: Kaio Cezar
6ª Período de Comunicação Social / Jornalismo - 2012
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