quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um exemplo a ser seguido

   No interior de Minas Gerais, há o desenvolvimento do projeto: “Recursos Hídricos: Percepção ambiental dos moradores do bairro Cidade Jardim, no município de Frutal”. Este trabalho tem como objetivo a conservação da água, o reflorestamento e a melhoria na qualidade de vida das pessoas que vivem no bairro.
   O projeto é coordenado por Isabella Cristina da Mata, 21, e Alexandre Nunes Alves, 30, alunos do curso de Geografia da UEMG – Universidade do Estado de Minas Gerais - que com a criação deste obtiveram bolsa em Iniciação Cientifica e hoje fazem do trabalho tema de suas monografias.
    O Bairro Cidade Jardim esta localizado entre a nascente e a montante de captação da água do Ribeirão Frutal, responsável pelo abastecimento de toda a cidade. Os estudantes perceberam que o bairro possuía uma grande inclinação em direção ao córrego e esse fator contribuía para o deslocamento do lixo que em dias de chuva eram arrastados diretamente para o Ribeirão, poluindo – o.

Ação em grupo
   A contaminação do córrego trazia várias doenças às pessoas que não percebiam este problema. Foi então realizada uma pesquisa em que os moradores responderam 79 perguntas sobre consciência ambiental. O resultado fez com que os alunos resolvessem de imediato aplicar cursos de conscientização e preservação, pois acreditaram que este seria o primeiro passo.
   Crianças e adultos compareceram aos cursos e compreenderam a intensidade do problema. Entusiasmados com as propostas, arregaçaram as mangas e abraçaram a causa.
   A partir daí o Ribeirão Frutal foi se restaurando e a ameaça de assoreamento do córrego começou a ficar distante.
    Hoje já se percebe a diferença na água devido às mudanças de atitude da população ribeirinha que por terem sido bem informados aprenderam a preserva – lá.
    Água limpa, vida nova, é assim que se sentem os moradores do Bairro Cidade Jardim. “Nós estávamos a tanto tempo vivendo com a sujeira e o mau cheiro, que já tínhamos até nos acostumado com aquilo. Agora com as mudanças acho que não saberia mais viver naquele lugar do passado”, afirma Walmir Pereira, 38, membro do grupo que fiscaliza e cuida para que o projeto continue a se desenvolver.

Água pura é água abundante
   “A água não vai acabar, o que vai acontecer é que ela vai deixar de ser potável e desta forma não poderá mais ser consumida” diz o estudante Alexandre.
  Os alunos pretendem partir agora para o reflorestamento das margens do rio, contando claro com a colaboração da população que mostrou estar ciente que para continuar tendo água potável é necessária a participação e a conscientização de todos.
  “Estamos felizes e orgulhosos com o andamento do nosso trabalho, e confiamos na possibilidade de expansão, na qual toda a cidade participará do projeto e assim teremos grande preservação de água ligada a maior qualidade de vida”, conclui a aluna Isabella.

Escrito por Tamires Causin
6° período de Comunicação Social / Jornalismo - 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Principal via de acesso ao bairro Waldemar March causa perigo a população.


             A falta de calçadas na via que liga os bairros Ipê Amarelo ao Waldemar Marchi causa preocupação à população. São 380 famílias beneficiadas pelo governo Federal com as casas do bairro. E a maioria delas tem crianças que circulam neste trecho todos os dias para ir à escola. Esta é a maior preocupação da população. O tráfego de veículo naquela região é grande, pois além de ligar os dois bairros, é o início da estrada de acesso ao vilarejo Chatão.
            O morador Amaury Jose da Silva, 35, diz sobre o assunto. “Tenho quatro filhos, três deles estudam. Como trabalho o dia todo na roça não posso acompanhar meus filhos até á escola. E criança normalmente são muito desligados e deixam de prestar à atenção necessária as ruas. Minha esposa também trabalha. O que precisamos é de calçadas e urgente principalmente no trecho mais próximo aqui do bairro que é o lugar mais perigoso. Além de que quando chove a rua fica tomada pela água e os carros precisam desviar e passar na contramão causando ainda mais perigo aos pedestres.
            Em contato com a prefeitura Municipal, fomos informados que o coordenador de Obras não pode nos atender para falar sobre o assunto, pois não se encontrava na mesma.

Escrito or Léslia Beatriz
6° período de Comunicação Social / Jornalismo - 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A HORA DO FACÃO

Cerca de 10 mil trabalhadores chegam ao fim de contrato: os impactos da entressafra da cana na economia frutalense

Foto: Messias Pereira

                 O brasileiro que adoça o cafezinho todo dia ou que abastece o carro flex toda semana talvez não saiba, mas a cana-de-açúcar não é produzida o ano todo. Geralmente a entressafra começa entre os meses de novembro e dezembro, e dura de três a quatro meses. Durante esse período, a usina não deixa de produzir energia, e outras atividades, como o plantio, continuam a todo vapor. Também nessa época é feito o balanço da safra anterior e o planejamento para o próximo ano.
                Mas a grande maioria dos trabalhadores, que são contratados por safra, está entrando de férias. As usinas de Frutal empregam juntas cerca de cinco mil trabalhadores diretos. Somando às outras usinas da microrregião, num raio de 50 km, são empregadas cerca de 10 mil pessoas diretamente. Sem falar nos demais setores fortemente ligados à cultura da cana-de-açúcar, como empresas de veículos, maquinários agrícolas e fertilizantes.
                Para Sebastião Ferreira, corretor de imóveis e cidadão frutalense há mais de 40 anos, a parada não interfere tanto no setor imobiliário, mas o comércio varejista sente consideravelmente o impacto da entressafra.
                “Justamente na época do ano em que os lojistas esperam vender mais, abrindo as portas também durante a noite, um percentual elevado da população fica sem emprego.”
                Sebastião chama a atenção para um fator importante. “Então as pessoas apelam para o crédito fácil, e o índice de inadimplência tende a aumentar nos primeiros meses do ano”.
                Michel Fernandes, coordenador técnico da Usina Cerradão, é o responsável pelo planejamento de safra, desde a quantidade colhida diariamente até o revezamento das áreas de colheita. Ele não considera o período de recesso um problema.
                “Acredito que os benefícios trabalhistas, pagos ao fim do contrato, acabam suprindo esse período em que as pessoas aguardam o retorno da safra, mesmo aquelas que preferem não buscar empregos temporários de fim de ano. O que percebemos é que praticamente os mesmos trabalhadores são recontratados no ano seguinte, e isso é bom pra ambas as partes.”

Curiosidades sobre a entressafra da cana-de-açúcar

* Não há uma data fixa todo ano para que a produção cesse. Trabalha-se com uma previsão no início do ano, e um conjunto de vários fatores, sejam eles técnicos ou climáticos, pode fazer com que a safra se estenda por mais tempo para que a quantidade proposta inicialmente seja atingida.
* A economia local cresceu absurdamente depois da chegada das usinas. Há menos de 10 anos, o salário médio do frutalense correspondia ao salário mínimo. Hoje, por exemplo, o menor salário pago na Usina Cerradão é de R$ 800, mais benefícios.
* Os trabalhadores são contratados por safra, e têm direito aos benefícios trabalhistas, como 13º salário e férias remuneradas. Quase todos residem na própria cidade, e acabam voltando na safra seguinte. Um cuidado que a empresa tem é contratar prioritariamente pessoas que moram em Frutal há pelo menos cinco anos, para evitar gastos com rescisões. Mesmo porque, se de um lado o trabalhador precisa do emprego garantido para o ano seguinte, a usina também necessita da mão-de-obra.
Escrito por Alex Augusto
6° período de Comunicação Social / Jornalismo - 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Tempo seco é prejudicial à saúde

Tosse, irritação na garganta e nos olhos e alergia no nariz, esses são alguns dos vários problemas que a população que vive em um clima seco enfrenta, e em Frutal (MG) a situação não é diferente.
Frutal é conhecido pelo seu tempo quente e seco, a população que aqui vive nem sempre estão acostumado com ele e tentam se adaptar.
A cidade também concentra um grande número de pessoas de outras regiões, esses visitantes também sofrem com essa mudança clima. A mudança de tempo pode afetar a vida de uma pessoa tanto fisicamente quanto psicologicamente podendo comprometer seu rendimento no trabalho, casa, escola entre outro.
Alguns cuidados são essenciais para evitar maiores complicações:


Usar umidificadores de ar ou colocar uma vasilha com água ou toalha molhada no lugar onde irá dormir;

Manter a casa higienizada, arejada e ensolarada;



Evitar exposição prolongada à ambientes com ar-condicionado, já que este ajuda a ressecar o ambiente;

Realizar atividades físicas antes das 10h ou após 17h, quando o ar está mais úmido;



Evitar produtos de limpeza com cheiros fortes;


Usar persianas laváveis;


Evitar plantas dentro da casa;


Não deixar ninguém fumar dentro de casa;


Usar roupas leves quando a temperatura estiver elevada;


Usar soro fisiológico para os olhos ou narinas se houver irritação;


Evitar animais dentro de casa.

Os cuidados com exercícios físicos e alimentação.


Os cuidados com exercícios físicos também são muito importante. Fazer exercícios físicos requer cuidados especiais, quando o exercício é prolongado e praticado com altas temperaturas como é o caso da região nos atuais meses; ocorre um desequilíbrio corporal de sangue e os órgãos internos ficam com a distribuição diminuída.
A educadora Física Liliane Bernardes da dicas de como uma alimentação saudável acompanhada com exercícios físico pode contribuir para uma vida mais saudável.

“Indica-se a hidratação durante todo o período, assim como lugares arejados e preparados para este tipo de clima, e também a ingestão dentro das próximas duas horas de exercício alimentos ricos principalmente em carboidratos, vitamina C, E. Portanto, devemos alimentar-se o mais corretamente possível, variando os alimentos e procurando ingerir de tudo um pouco, pois quanto mais cores diferentes de alimentos estiverem em seu prato, mais saudável será” disse.

Escrito por Daniele Vendramini
6° período de Comunicação Social / Jornalismo - 2011 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Comemoração da Festa dos 100 dias


Quando se é estudante as etapas escolares estão presentes na vida do mesmo... A escola, o maternal, o ensino médio e até o então almejado vestibular. Depois disso, vem a tão esperada universidade, que além de graduar o aluno no curso desejado, forma um profissional para atuar no mercado. Mas antes de formar, ou melhor ás vésperas da formatura, tem a contagem regressiva para o aluno tornar-se um profissional em sua área.
Na Universidade do Estado de Minas Gerais – Campus de Frutal, não foi diferente, alunos dos cursos de : Lacticínios,Comunicação Social/ Jornalismo e Publicidade e Propaganda se uniram para comemorar os 100 dias que faltam, até à tão esperada graduação. A festa foi realizada no Campus de Frutal, dentro da universidade, no dia 11 de novembro, em plena sexta feira , por volta dás 20h30,  no intervalo. Foi onde alunos chegaram de trenzinho com direito a som, músicas, buzinas, bateria UEMG  e até pessoa caracterizada de mascote para animação e entusiasmo de alunos, professores, funcionários e familiares.
            Para a estudante de jornalismo Lenise Ferreira, do último ano do curso de Jornalismo a festa dos 100 dias, foi um momento único que resumiu em uma etapa que se finalizou-se e de um sonho realizado: “É muito bom saber que estamos na fase final, é a concretização de um sonho que busquei incansavelmente durante anos de colégio, saber que você vai ser uma profissional realizada porque você se formou em um curso que você ama, faz toda a diferença, este é só o começo de uma longa jornada. Estes 100 dias representam a sua ansiedade, felicidade, tristeza e por fim orgulho de si mesmo”.
            Existe uma sábia frase de Einstein que diz: “Não se deve ir atrás de objetivos fáceis. É preciso buscar o que só pode ser alcançado por meio dos maiores esforços”. A formatura é sinônimo de conquista e esforço, tanto na trajetória do aluno como também na do educador. Assim, a festa dos 100 dias registra um momento perto de concluir o curso da área desejada e mais do que isso, é motivo de alegria e de véspera de receber a conquista do diploma.
    


Escrito por Dayana Vaz
6° período de Comunicação Social / Jornalismo - 2011

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Nuvem de besouros chega apôs as chuvas

Todo ano já sabemos que eles estarão aqui, que após o mês de outubro, na época de chuva é fato para qualquer morador de Frutal e região que vai haver besouros e que eles vão entrar em nossas casas todos os dias a noite ate próximo a dezembro.  Mas isso só acontece devido o ciclo de reprodução desses besouros que é exatamente na época de chuva, onde o ambiente fica mais úmido e fresco, sendo mais propício para a evolução dos ovos, para larva e por fim besouro. Entretanto quem pensa que esses insetos só servem para incomodar está errado; besouros se alimentam de matéria orgânica em decomposição, ajudando a degradar o que já não se faz mais necessário no ambiente natural.
Como na região de Frutal existem grandes fazendas agropecuárias, chama mais atenção desse animal da ordem Coleóptera. Algumas espécies se alimentam desde a palha da cana ate as fezes de animais.
Com o crescimento da população e conseqüentemente das cidades há a ocupação de áreas onde é o habitat natural desses bichinhos. Somos nos que estamos onde eles sempre viveram. Outra causa da aparição de grande quantidade desses insetos é que a cadeia alimentar esta sendo quebrada; predadores dos besouros como pássaros e sapos estão em defasagem.
Grande maioria dos besouros são fotorreceptores, ou seja, são guiados pela luz, o que os faz sair somente no período noturno, pois a luz e o calor do sol é muito forte e prejudicial a eles. À noite, período de ação, a luz artificial chama sua atenção e leva-o para dentro das casas, desnorteados com o reflexo da luz.
Na UEMG-Universidade do Estado de Minas Gerais-Campus Frutal, a situação é mais desagradável, em sua volta existe apenas pasto e plantações de cana, principal lugar onde eles vivem, então a Universidade esta bem no meio de seu habitat, por isso nessa época do ano fica infestada dos besouros. Não é pra menos que a bateria da UEMG carrega o nome de Besouteria. Quem freqüenta a Universidade sabe que apos as chuvas, é a nuvem de besouros que virá.
Porém ao contrario do que muitos pensam, os besouros são inofensivos ao ser humano. “Esses insetos não transmitem qualquer tipo de doença e não são prejudiciais à saúde, penas colaboram em exterminar matérias em decomposição” afirma Michel Fernandes, Engenheiro Agrônomo e Professor da UEMG.

Escrito por Gabriela Nogueira
6° período  de Comunicação Social / Jornalismo - 2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Desemprego x Baixa remuneração

   A cada ano aumenta o número de desempregados no Brasil, em todos os estados milhares de pessoas passam os dias procurando emprego. Isso colabora com o alto índice de serviços sem carteira assinada e informais, chamados de bicos, que não oferecem nenhuma segurança de renda mensal a família, mas ajuda nas despesas do dia a dia.
  Por isso muitos desempregados preferem sair de suas cidades, geralmente no interior, deixando suas famílias para morar em grandes centros urbanos a procura de melhores empregos, com carteira assinada e maior remuneração. Porém nem sempre essa é a realidade, a falta de experiência e pouco estudo atrapalham na concorrência por uma vaga.
   Frutal MG é uma cidade interiorana, mas está em constante crescimento no setor de empregos. Existem novas oportunidades como trabalhos em usinas, plantio e colheita de laranja, abacaxi com uma boa remuneração que acabam chamando a atenção de trabalhadores rurais de outros estados que já estão acostumados com esse serviço mais pesado, porém ganham muito pouco para isso.
   Como exemplo temos Sandra Pereira dos Santos, 29 anos, nascida em Itamari, um vilarejo no sul da Bahia. Na cidade as únicas opções de emprego são na prefeitura ou em roças de banana e cacau, plantações típicas da região. O pai de Sandra plantava e colhia bananas no pequeno sitio onde moravam, ela para ajudar na renda familiar, viajava cinco horas de pau de arara até Maracaí BA onde vendia a produção.
   Para quem recebe um salário mínimo e considera o valor muito pouco não imagina o que ganha um trabalhador rural em Itamari. Um dia todo de trabalhado pesado, com um calor insuportável para receber doze reais, o que não chega a quatrocentos reais por mês. E para desmotivar mais quem não tem oportunidade de conseguir outro emprego fora dessa área, na pequena cidade não existe trabalhador rural com carteira assinada. 
   Por esse e vários outros fatores Sandra a partir de um convite de um primo que já havia se mudado e estava trabalhando em Frutal, decidiu tentar uma nova vida. Veio com sua filha, Beatriz 10 anos, para trabalhar na colheita de laranja, um serviço que é pesado, porém melhor remunerado do que na sua
cidade. Agora com carteira assinada e outros benefícios como férias, décimo terceiro, seguro desemprego, ela trabalha mais tranqüila sabendo que no final do mês terá uma quantia certa para receber.
    As únicas dificuldades que atrapalham Sandra em Frutal são o alto custo de vida e a saudade da família. Mas ela que já se considera uma mineira até pronunciando o famoso uai, diz que só volta para Bahia pra visitar os parentes, seu lugar agora é em Minas Gerais em uma cidade que ela nem imaginava existir, mas que mudou sua vida proporcionando um futuro melhor para ela e a filha.

Escrito por Lívia Queiroz
6° período de  Comunicação Social  / Jornalismo - 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

13° Seminário da UEMG adere novas regras e supera expectativas

Aconteceu entre os dias 16 e 19 de novembro, em Belo Horizonte, o 13° Seminário de Pesquisa e Extensão da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). O evento contou com mais de 600 pessoas entre professores, alunos bolsistas, alunos da pós-graduação e alunos com projetos sem bolsa das sete unidades da UEMG e de outras instituições de ensino.
Os principais objetivos do Seminário são divulgar, socializar e avaliar a produção científica e extensionista dos alunos bolsistas e dos docentes orientadores. Na oportunidade, os demais professores e alunos da Universidade também apresentam os resultados de suas pesquisas e projetos de extensão. Além disso, o evento foi aberto ao público, ou seja, qualquer pessoa que estivesse passando durante os locais das apresentações dos trabalhos puderam entrar e conferir, porém sem ganhar o certificado de participação como ouvinte.
A abertura do evento contou com uma apresentação do grupo de Choro da Escola de Música da UEMG/BH, interagindo com os alunos de todas as unidades. Além disso, o primeiro dia ainda contou com uma palestra explicando sobre a importância da pesquisa e extensão. As apresentações dos trabalhos foram feitas por exposição oral, divididas por ciências humanas, exatas e biológicas. Já a exibição e explicação dos pôsteres informativos foram expostos no Salão Pampulha, no centro da capital mineira.
A UEMG Frutal foi representada por cerca de 50 pessoas, entre alunos bolsistas com projetos de pesquisa e extensão de diversificadas áreas do conhecimento, alunos que desenvolvem projeto na Instituição sem bolsa e professores.  Para Tatiane Simon, aluna do 4° período de Comunicação Social e bolsista, a sensação de estar participando de um evento desta magnitude é de extrema responsabilidade. “Estar representando minha faculdade diante de todas as outras unidades da UEMG é incrível, pois além de estar levando meu nome e do meu orientador, tive a oportunidade de mostrar nove meses de trabalho que venho realizando a frente da minha iniciação cientifica” salienta a estudante.
De acordo com a coordenação do evento, o Seminário teve como princípios a divulgação dos trabalhos realizados pelos jovens que participam de programas de bolsas de iniciação cientifica e extensão e sua integração com a comunidade.  “A organização deste ano foi mais temática que a dos anos anteriores. A distribuição dos materiais pelas salas, por exemplo, foram feitas por área de conhecimento, permitindo maior interação entre pesquisadores que atuam em áreas similares” avaliou a professora Terezinha Gontijo, pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da UEMG.
Segundo ela, a intenção que começa a se expressar com esse ano é ampliar a abrangência do evento para que daqui para frente, uma gama de projetos de pesquisa e extensão sejam desenvolvidos na Universidade. “O Seminário atualmente é, predominantemente, uma exposição de iniciação cientifica, ou seja, historicamente os alunos bolsistas têm apresentado os resultados das pesquisas desenvolvidas na Universidade. Por isso, neste ano, paralelamente à apresentação dos alunos, promovemos uma pequena Mostra de Pesquisa, realizada na Universidade” explica.
 Além das apresentações, o Seminário contou com mesas temáticas com profissionais das áreas da saúde, sustentabilidade, educação, cultura, ciência e inovação tecnológica.   Durante o evento também é realizado uma reunião da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e a Pró-Reitoria de Extensão Universitária com a Coordenação de Pesquisa e Extensão de todas as unidades da UEMG para discutir sobre o futuro da pesquisa na Instituição. Após o fim dos trabalhos, uma apresentação da Big Band da Escola de Música da UEMG na Arena do Prédio “Rainha da Sucata”, na Praça da Liberdade encerrou o evento.
Segundo a pró-reitora de Extensão, a professora Vânia Aparecida Costa, o Seminário é uma ocasião única para que os alunos mostrem os projetos trabalhados e conhecerem outros desenvolvidos em outras unidades. “Este evento possibilita aos nossos alunos dois momentos: o de mostrar suas atividades como bolsistas e de conhecer a produção da Universidade”. O Seminário de Pesquisa e Extensão é diferente da Semana UEMG, outro evento da Pró-Reitoria de Extensão, onde atividades de extensão se espalham por todas as unidades da Instituição. A próxima edição do Seminário também acontecerá em Belo Horizonte. 

Escrito por Vinícius Lopes
6° período de Comunicação Social / Jornalismo - 2011

Câncer: é possível vencer

    Dados de 2010 do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que no Brasil cerca de 500 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença. Segundo o INCA, o câncer de pele, o de próstata e o de mama, são os que mais atingem a população. Em Frutal aproximadamente 40 pessoas vão de segunda a sexta-feira ao Hospital de Câncer em Barretos, São Paulo para tratamento.
    A auxiliar de enfermagem Eva Maria de Freitas, 58 anos é uma delas. Eva descobriu o câncer de mama em uma consulta de rotina em fevereiro de 2011. “Foi em uma mamografia periódica que notei um carocinho no meu seio” conta. No caso dela a o tratamento indicado foi a cirurgia, que removeu totalmente a mama esquerda. A quimioterapia também foi feita para garantir que o tumor não se infiltrasse em outros órgãos.
A quimioterapia utiliza medicamentos que atuam nas células doentes para destruí-las, também tem a função de impedir o crescimento e aliviar os sintomas do tumor. O tempo do tratamento e as reações variam de pessoa para pessoa, podem ocorrer, náuseas e vômitos, feridas na boca e queda de cabelo.
   “Quando recebi o diagnóstico de câncer pensei: minha vida está no final” relembra Eva. “Me informei sobre a doença, tratamentos e o que mais me dava força era pensar que não podia deixar minha filha sozinha” completa. Hoje Eva Maria está de alta médica, terminou as sessões de quimioterapia e de bem com a vida planeja a cirurgia de reconstrução da mama.   

Escrito por Laura Freitas
6° período de Comunicação Social / Jornalismo - 2011

Aprecie com moderação

Até onde o consumo de bebidas alcoólicas oferece prejuízos à saúde e passa ser considerado um vício?


Quase sempre começamos na juventude, bebendo apenas aos sábados. Depois, resolvemos esticar esse tempo e iniciamos as “bebemorações” já na quinta ou sexta-feira. Porque não prorrogar até domingo? Aí, começamos a tomar uma depois do almoço, depois do trabalho. De repente, é a bebida que nos domina e não há “saidera” que nos faça parar.
Tomar um drinque de vez em quando para relaxar é normal. O problema é quando essa dose aumentar e um copo na mão virar a única e habitual válvula de escape. Esses são sinais de que a pessoa está a um passo da dependência.
Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, 11,2% dos brasileiros que vivem nas 107 maiores cidades do país, são alcoólatras. Filhos de dependentes são mais suscetíveis à doença, mas muitos possuem outros motivos pra entrar no vício.
Embora o alcoolismo seja um problema gravíssimo de saúde pública, o consumo de álcool, ao longo da história, sempre foi associado à saúde. E consumido moderadamente, o álcool pode ser um aliado no combate a diversas doenças. Nos últimos anos, várias pesquisas observaram os benefícios que um consumo moderado de bebida alcoólica pode trazer. A redução de risco de doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, artrite e asma são alguns deles, junto com a melhora do quadro de diabetes e o aumento do nível de HDL, ou "colesterol bom", no sangue.  Esse consumo baseia-se em cerca de 30 gramas de álcool por dia, o mesmo que uma ou duas taças de vinho.

Como saber se sou um alcoólatra?
De acordo com os Alcoólicos Anônimos, a presença de quatro ou mais respostas afirmativas das seguintes perguntas indicam grande probabilidade de a pessoa ser dependente.
• Já tentou parar de beber por uma semana (ou mais) sem conseguir seu objetivo?
• Tomou algum trago pela manhã nos últimos tempos?
• Inveja aqueles que bebem sem criar transtornos?
• Seu problema com a bebida vem se tornando cada vez mais sério nos últimos doze meses?
• A bebida já causou incidentes em casa?
• Nas reuniões sociais em que as bebidas são limitadas, você tenta conseguir doses extras?
• Você afirma que bebe quando quer e pára quando quer, apesar das provas em contrário?
• Faltou ao serviço nos últimos doze meses por causa da bebida?
• Já teve "apagamentos" depois de uma bebedeira?
• Já pensou que poderia aproveitar melhor a vida se não bebesse?
O primeiro passo precisa ser tomado pelo dependente, reconhecer que é vulnerável e sofre com o vício é a porta que precisa ser aberta para a busca de tratamento. A família e os centros de recuperação têm papel essencial na recolocação desse indivíduo na sociedade.
História de vida de um recuperando
Em Frutal, o Centro de Recuperação de Alcoólatras (CEREA) promove reuniões e alerta os malefícios causados pelo álcool. O senhor D. J. C., 57 anos, que já foi presidente do CEREA, é um alcoólatra em recuperação há 30 anos e ajuda outros dependentes.
 Aos oito anos fui a uma festa com mais dois primos, por curiosidade experimentei a popular cachaça e para me sentir encorajado a convidar uma moça para dançar. Neste dia, não sei como voltei para casa e me recordo de ter dormido em baixo de uma árvore. A partir de então, passei a beber constantemente”, comenta D.J.C. emocionado como tudo começou.
 Mais tarde, ele se casou e a pedido de sua esposa, parou de beber. Porém, ao encontrar um “amigo de boteco”, voltou ao vício depois de ficar por três meses sem ingerir bebida alcoólica. A dependência causou a destruição de seu casamento, de sua família e provocou o sofrimento de seus pais. Ele conta que tentou suicídio por três vezes e que já sofreu várias quedas e escoriações por beber e perder os sentidos. A frente do CEREA, ele contou e compartilhou sua história com outros dependentes que frequentam o local a procura de ajuda.
    O alcoolismo é uma doença crônica que ainda não tem comprovação científica se está diretamente relacionada à hereditariedade. Em recente levantamento feito pela Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD), no Brasil a bebida alcoólica mais consumida é a cerveja, com índice de 61%. A facilidade na compra de álcool no país tem elevado o consumo e caracterizado uma população consumidora cada vez mais jovem, além de ser a porta de entrada para drogas ilícitas.

Escrito por Cristina Nogueira
6° período de  Comunicação Social / Jornalismo - 2011

terça-feira, 15 de novembro de 2011

UEMG e usinas da região aquecem mercado imobiliário de Frutal

Vinda de alunos e trabalhadores de outras cidades faz crescer procura por imóveis e novas construções

     Desde 2007 quando a Universidade do Estado de Minas Gerais, campus de Frutal, foi estadualizada a cidade mineira passou a receber estudantes de todo o país. Além dos estudantes, as usinas situadas na região atraem trabalhadores que optam por morar no município por conta da sua localização próxima as indústrias. Tanto a universidade quanto as usinas contribuíram para o crescimento econômico e populacional de Frutal. No último censo realizado pelo IBGE foi concluído que o número de habitantes cresceu mais de 14% em dez anos. O crescimento populacional causa várias mudanças e o mercado imobiliário foi o setor da economia que mais sentiu as transformações na cidade.
     A grande dúvida é se o município está preparado para receber a quantidade de visitantes que chegam todos os anos. Segundo Sebastião Ferreira, proprietário da imobiliária Sebastião Imóveis, a cidade tem capacidade para receber novos moradores, já que muitas obras estão sendo realizadas. “Até o momento, a cidade está crescendo em um ritmo que consegue acompanhar a chegada desses novos grupos. Aumentou consideravelmente o número de construções, especificamente para aluguel. Aliás, continua aumentando”. Sebastião ainda comenta que as usinas da região também influenciam muito o mercado imobiliário. “Muitas pessoas que vêm trabalhar nas usinas nos procuram, principalmente em busca de imóveis de pequeno porte”. Segundo o empresário, esses trabalhadores são importantes, pois representam parte considerável de seus imóveis alugados e a época da entressafra, quando algumas pessoas retornam a sua cidade de origem, não prejudica os negócios. “Caso tenha havido algum tipo de esvaziamento no mercado por conta da entressafra, ainda não deu para notar”.
     A grande procura por imóveis por esses novos grupos que chegam à cidade não altera o valor dos aluguéis. “O reajuste do preço do aluguel é baseado em índices que variam mensalmente, como o IGP-M, calculado pela Fundação Getúlio Vargas”, afirma Sebastião. Ou seja, para 2012 não estão programados grandes aumentos de preços, principalmente pelo fato dos índices que foram calculados nos meses de outubro e novembro estarem controlados. Sobre as expectativas para 2012, o empresário afirma que são pequenas, já que muitos moradores da cidade estão adquirindo sua casa própria, seus clientes mais estáveis são realmente os estudantes e funcionários das usinas. “A expectativa é pequena, pois cresce o número de casas financiadas pela Caixa Econômica Federal, e programas como o “Minha Casa Minha Vida” estão dando oportunidade a muitas famílias que antes dependiam do aluguel”. 
     Muitos moradores de Frutal para aumentar a renda buscam construir imóveis para alugar para estudantes ou funcionários das usinas, já que a vinda desses grupos tornou o mercado imobiliário um negócio seguro. Valdira Costa é frutalense e sempre morou na cidade. “Quem sempre morou aqui como eu não acredita o quanto a cidade cresceu. Antes a gente saía na rua e conhecia todo mundo, hoje tem muitas pessoas de fora aqui”. Valdira é uma dos muitos moradores que decidiram construir imóveis para alugar para os jovens que vêm estudar na universidade. “Eu tinha dinheiro e não sabia em que investir. Meu filho me aconselhou a construir quitinetes para estudantes e eu achei que seria um bom negócio. A universidade traz alunos novos todos os anos. Sempre vai ter alguém procurando lugar para morar”. 

Escrito por Natália Bueno
6º período de Comunicação Social / Jornalismo - 2011 

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Entre capins e cascas de bambu

Em meio ao mato, que foi capinado graças à coragem e aos enxadões de destemidos homens, nascia, há 35 anos, um boteco feito de folhas, capins e cascas de bambu. Na época o pequeno comércio era o ponto de parada de inúmeros viajantes que transportavam boiadas. Estes bois foram os responsáveis por dar nome ao local, a alcunha, aliás, permanece até os dias atuais: Comunidade Ribeirão do Boi.
“Logo em seguida, vieram missionários que pregavam a palavra para as pessoas que residiam nas redondezas, e com eles surgiu a ideia de proporcionar lazer através do esporte”, relembra um dos fundadores da localidade, Francisco Constantino.
Com o passar dos anos várias melhorias foram introduzidas na comunidade. “Aqui perto já existia uma escola no povoado da Boa Esperança, mas eu resolvi fundar outra de primeiro grau para as pessoas que não sabiam ler nem escrever. O projeto durou apenas um ano, pois os 42 alunos eram divididos em quatro turmas, e o professor tinha dificuldade em lecionar para todos”, recorda Francisco.
Ele também lembra as dificuldades enfrentadas pelas crianças do Ribeirão do Boi, após o fechamento da escola, já que naquele tempo não havia transporte escolar para as comunidades rurais do município. “Deixar os filhos morando sozinhos na cidade não era uma atitude muito prudente, então solicitei ao prefeito de Itapagipe que colocasse uma “puxada de alunos”, para que a criançada pudesse dar prosseguimento aos estudos”.
Quando a comunidade foi fundada, em meados da década de 70, havia apenas um pequeno barracão construído com toras de madeira e folhas secas, onde eram realizadas algumas confraternizações “Contudo com o esforço e ajuda de diversas pessoas como José Elias, Sebastião Batista, Alberto Geraldo Queiroz, Dicariolano Paulino da Costa e muitos outros grandes homens e mulheres. A comunidade foi crescendo e ganhando força, fizemos uma grandiosa reforma na nossa sede, trouxemos o primeiro telefone rural da região e instalamos um pequeno ambulatório médico”, orgulha-se Francisco.
De acordo com Aniceto Costa, agricultor nascido e criado na região, umas das características mais marcantes dos moradores do Ribeirão do Boi são a fé e a religiosidade. “Uma vez por ano nós realizamos a festa em louvor a São Sebastião, que é considerado pelo catolicismo o santo protetor dos trabalhadores e das famílias. Além disto, todas as quartas-feiras nós nos reunimos para orar aqui na capela da comunidade e uma vez por mês, recebemos a visita de um padre para realizar a missa. Nesses encontros, logo depois de encerradas as orações, nós aproveitamos para jogar conversa fora e tomarmos um lanche juntos”.
Aniceto também ressalta o quanto todos os integrantes da comunidade são unidos “Aqui no Ribeirão do Boi, as portas estão sempre abertas, todos tem livre acesso às dependência do nosso barracão. Nós temos um campo de futebol e uma quadra de vôlei, além de um local propício para a realização de festas e a capela. Aqui somos uma grande família, que se respeita e cuida um do outro”. Todas as benfeitorias do local recebem manutenção periódica e cuidados especiais de todas as pessoas que residem nas proximidades da comunidade, um trabalho voluntário e ininterrupto.
Atualmente, a comunidade Ribeirão do Boi é presidida por Uéder Teodoro Ferreira, que retorna ao seu antigo cargo e relembra como foi participar de toda evolução do local, já que ele nasceu no mesmo ano em que a comunidade foi fundada. “Já fui presidente aqui por quatro anos e voltei no início de 2011 para dar continuidade aos trabalhos. No início não existia o barracão e as festas eram realizadas em baixo de barracas de bambus e plásticos, mas isso não incomodava o pessoal da região que vinha em peso dançar forró. Nossa última festa realizada neste ano contou com um público de aproximadamente 2500 pessoas. E apesar da escassez de investimentos por parte do empresariado, a festa é famosa até mesmo nas cidades vizinhas”.
Mas o presidente deixa transparecer preocupação e conta que teme que o local caia no esquecimento em um futuro bem próximo “Eu tenho notado uma quantidade cada vez maior de jovens que estão se mudando para a cidade em busca de estudo e trabalho, e aqui irão restar alguns poucos moradores. Temos muito medo que a comunidade deixe de existir e sabemos que, infelizmente, isso pode acontecer e talvez não demore muito tempo”.
Apesar das dificuldades o presidente finaliza que o objetivo principal deles é conservar o patrimônio e a memória da comunidade “O essencial talvez seja o mais difícil, que é zelar para que o Ribeirão do Boi sobreviva às mudanças e não volte a ficar entre capins e cascas de bambu”. 


Escrito por Larissa Rosa
6° período de Comunicação Social / Jornalismo - 2011