quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Mineirinhos da Alegria: palhaçada que só faz bem

Para os “Mineirinhos da Alegria” arrancar sorrisos é uma tarefa muito fácil. O grupo foi criado no dia 17 de março de 2012 pela naturóloga Ana Gabriela Lemes junto de seu noivo, Pablo. Com visitas a idosos e crianças, os Mineirinhos levam música e alegria de modo muito contagiante. O Asilo Pio XII de Frutal foi a primeira instituição a receber o grupo, nesse mesmo dia de fundação, 17 de março. Com a iniciativa Ana Gabriela, Pablo e mais duas pessoas, hoje o grupo conta com aproximadamente 35 integrantes, que têm muito comprometimento e amor naquilo que fazem.

Para a idealizadora, os Mineirinhos têm uma grande importância em sua vida pessoal. “Com a Dra. Moranguinho, que é minha personagem, aprendo a ser uma Ana Gabriela melhor. Na Moranguinho encontro forças pra tudo.”, revela.

O grupo leva nas visitas aquilo que tem de melhor: a alegria
(Fotos: divulgação)
Eleni Ali Meri é coordenadora do Asilo Pio XII e ressalta a importância das visitas dos Mineirinhos aos idosos. “O colorido, a música, a bagunça, é tudo muito legal para eles. É uma coisa que eles conseguem aproveitar. É uma satisfação. Eles ficam todos muito felizes e, com certeza, a satisfação é de ambas as partes”, diz Eleni.

Além do Asilo Pio XII, o grupo visita creche de Frutal, casas da sopa, a Casa Lar e também hospitais da cidade e da região, como o Hospital do Câncer de Barretos, que fica a 70km de Frutal. “Pra mim a emoção é indescritível. Criança tem o dom de ser verdadeira e conseguimos sentir que somos importantes para elas. Nos tratam com amor no coração e sorriso no rosto. Saio da visita me sentindo acolhida e especial. E com um gostinho de dever cumprido”, diz Ana Gabriela.

O grupo visita todo final de semana uma instituição, seja em asilo ou creche. Cada mineirinho possui um “nome”, assim como a Dra. Moranguinho. O estudante de Direito, Ramon Portes, é integrante desde a formação do grupo e fala da satisfação em poder ver um sorriso no rosto de cada pessoa que recebe essa visita. “O nome do meu personagem é Dr. Teteco e faço parte do grupo por ele se traduzir em amor. Levar amor ao próximo, não se importando com sua condição social ou raça. É doar, plantar a sementinha do sorriso e receber em troca aquele sorrisão mais gostoso que prova que vale a pena”, diz Ramon.

Cada vez mais moradores e estudantes vindos de fora se interessam em fazer parte do grupo ou simplesmente ajudar de alguma forma, como doações ou no acompanhamento das visitas em um final de semana.

Ramon se transforma em Dr. Teteco para arrancar sorrisos
A vontade de ajudar o próximo e de fazer o bem é ainda maior por parte de algumas pessoas. Ramon, por exemplo, em um dia comum de expediente em seu trabalho, conheceu uma família e resolveu ajudar. O mineirinho pediu, via redes sociais, que as pessoas doassem alimentos para que fosse montada uma cesta básica. E a iniciativa deu certo. Essa atitude do estudante motivou muita gente a ajudar sem pensar duas vezes. “O ato de ajudar o próximo se trata mais em receber do que doar. Vivemos em um mundo onde os valores são inversos, um simples “bom dia” pode parecer estranho. Infelizmente, hoje, tratar o próximo com o mínimo de respeito e carinho se tornou fazer caridade. Eu não faço caridade, simplesmente trato o próximo da forma como quero ser tratado e ajudo quando posso. Mais do que alimento, o mundo precisa de mais humanidade”, completa Ramon.


Se você se interessou pelo grupo e quer ajudar, visite a página dos Mineirinhos da Alegria no Facebook e saiba como fazer parte do grupo que cresce a cada dia. 

Escrito Por Ana Carolina Datore
6º período - Jornalismo 2013

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