Para
os “Mineirinhos da Alegria” arrancar sorrisos é uma tarefa muito fácil. O grupo
foi criado no dia 17 de março de 2012 pela naturóloga Ana Gabriela Lemes junto
de seu noivo, Pablo. Com visitas a idosos e crianças, os Mineirinhos levam
música e alegria de modo muito contagiante. O Asilo Pio XII de Frutal foi a
primeira instituição a receber o grupo, nesse mesmo dia de fundação, 17 de
março. Com a iniciativa Ana Gabriela, Pablo e mais duas pessoas, hoje o grupo
conta com aproximadamente 35 integrantes, que têm muito comprometimento e amor
naquilo que fazem.
Para
a idealizadora, os Mineirinhos têm uma grande importância em sua vida pessoal.
“Com a Dra. Moranguinho, que é minha personagem, aprendo a ser uma Ana Gabriela
melhor. Na Moranguinho encontro forças pra tudo.”, revela.
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O grupo leva nas visitas aquilo que tem de melhor: a alegria (Fotos: divulgação) |
Eleni
Ali Meri é coordenadora do Asilo Pio XII e ressalta a importância das visitas
dos Mineirinhos aos idosos. “O colorido, a música, a bagunça, é tudo muito legal
para eles. É uma coisa que eles conseguem aproveitar. É uma satisfação. Eles
ficam todos muito felizes e, com certeza, a satisfação é de ambas as partes”,
diz Eleni.
Além
do Asilo Pio XII, o grupo visita creche de Frutal, casas da sopa, a Casa Lar e
também hospitais da cidade e da região, como o Hospital do Câncer de Barretos,
que fica a 70km de Frutal. “Pra mim a emoção é indescritível. Criança tem o dom
de ser verdadeira e conseguimos sentir que somos importantes para elas. Nos
tratam com amor no coração e sorriso no rosto. Saio da visita me sentindo
acolhida e especial. E com um gostinho de dever cumprido”, diz Ana Gabriela.
O
grupo visita todo final de semana uma instituição, seja em asilo ou creche.
Cada mineirinho possui um “nome”, assim como a Dra. Moranguinho. O estudante de
Direito, Ramon Portes, é integrante desde a formação do grupo e fala da
satisfação em poder ver um sorriso no rosto de cada pessoa que recebe essa
visita. “O nome do meu personagem é Dr. Teteco e faço parte do grupo por ele se
traduzir em amor. Levar amor ao próximo, não se importando com sua condição
social ou raça. É doar, plantar a sementinha do sorriso e receber em troca
aquele sorrisão mais gostoso que prova que vale a pena”, diz Ramon.
Cada
vez mais moradores e estudantes vindos de fora se interessam em fazer parte do
grupo ou simplesmente ajudar de alguma forma, como doações ou no acompanhamento
das visitas em um final de semana.
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Ramon se transforma em Dr. Teteco para arrancar sorrisos |
A
vontade de ajudar o próximo e de fazer o bem é ainda maior por parte de algumas
pessoas. Ramon, por exemplo, em um dia comum de expediente em seu trabalho,
conheceu uma família e resolveu ajudar. O mineirinho pediu, via redes sociais,
que as pessoas doassem alimentos para que fosse montada uma cesta básica. E a
iniciativa deu certo. Essa atitude do estudante motivou muita gente a ajudar
sem pensar duas vezes. “O ato de ajudar o próximo se trata mais em receber do
que doar. Vivemos em um mundo onde os valores são inversos, um simples “bom dia”
pode parecer estranho. Infelizmente, hoje, tratar o próximo com o mínimo de
respeito e carinho se tornou fazer caridade. Eu não faço caridade, simplesmente
trato o próximo da forma como quero ser tratado e ajudo quando posso. Mais do
que alimento, o mundo precisa de mais humanidade”, completa Ramon.
Se
você se interessou pelo grupo e quer ajudar, visite a página dos Mineirinhos da Alegria no Facebook e saiba como fazer parte do grupo que cresce a cada dia.
Escrito Por Ana Carolina Datore
6º período - Jornalismo 2013