quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A arte da transformação




“É meu maior amor e meu maior desespero.” Essa contradição emocional é o que define a arte de fazer teatro segundo Marcelo Rodrigues. Frutalense por natureza, começou, ainda no colégio, a apreciar a cultura. Incentivado por Zulmira Azevedo da Mata, atual secretária de Cultura, Esporte e Lazer de Frutal, ele conta que em sua época de escola eram feitas semanas de cultura, nas quais apresentações de danças e teatro eram interpretadas pelos alunos. Rodrigues relembra com carinho e gratidão apresentações que chegaram a ter um público de 2000 pessoas. No primeiro contato com a arte, veio o encanto. O ator, e então adolescente, saiu de Frutal em 1999 para cursar Artes Cênicas em Curitiba – PR. 
E não parou mais. Em 2000, montou com colegas de turma o Grupo Antropofocus que, especificamente trabalhando com comédia, já trouxe alguns espetáculos para Frutal. Um de seus companheiros é Jairo Bankdardt, com quem estudou e veio para terra natal apresentar a peça “Teimosinho e Mandão: dois idiotas sentados cada qual em seu barril”, com texto de Ruth Rocha. Trata-se de um apêndice do Agosto dos Grandes Espetáculos, evento que reúne dança e teatro na Praça da Matriz de Frutal e agora ganha o espaço do Anfiteatro da UEMG para receber alunos do ensino fundamental das Escolas Municipais da cidade. Uma hora de descontração e risadas provocadas por um texto simples, mas rico em rimas e linguagem corporal que traz uma mensagem de paz e bem-querer ao próximo.
Bankdardt fala que o teatro possui função social, cultural, artística e também um fundo educacional. “O teatro é uma linguagem de expressão, de literatura, uma maneira de contar uma história”, ressalta. Não distante dessa mesma conclusão, Rodrigo Portari, um dos fundadores do GUTE, Grupo Universitário de Teatro, define o teatro como um formador de cidadãos mais críticos e cultos, capaz de transformar as pessoas. Com uma vida recheada pelo amor à arte, seu contato com o teatro veio logo cedo, aos sete anos, assim como Marcelo Rodrigues, por incentivo da escola. Fez cursos, participou do Grupo da Paixão de Cristo de Frutal, e agora faz parte do GUTE. Hoje, com três anos de existência, o grupo é composto por 15 integrantes entre alunos e pessoas da comunidade, que se apresentam pelo menos duas vezes ao ano, meta já superada no primeiro semestre de 2012.
Por falta de incentivo, as semanas culturais já não têm mais o mesmo desempenho que tinham na época desses, agora, apaixonados pelo teatro. Mas, em nome da cultura, Frutal se apoia em eventos como o Agosto dos Grandes Espetáculos, a fim de conservar o poder de transformação que a arte pode ter na vida das pessoas.

Escrito por:Priscila Minani 
6ª Período de Comunicação Social / Jornalismo - 2012

2 comentários:

  1. Deveriam acontecer mais eventos como o do Agosto dos Grandes Espetáculos na cidade, isso é bacana

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  2. É bom saber do interesse dos cidadãos frutalenses pela Cultura.

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