O agropecuarista Luvanor Antonio Ferreira, 49 anos, reside na fazenda Douradinho município de Frutal, e em 1984 começou a cultivar sua primeira plantação de arroz. Nessa primeira fase o plantio foi mecanizado, sendo utilizado um trator e uma plantadora para plantar aproximadamente quatro hectares, e após três meses quando estava pronto para colher foi usada uma colhedora.
Após isso ficou aproximadamente 15 anos sem cultivar o grão, e apenas em 2000 voltou a plantar arroz, porém reduziu a área de plantio para dois hectares e mudou a forma de plantar para uma plantadora diferenciada puxada por tração animal e sendo comandado por ele mesmo assim diminuindo os gastos. A colheita passou a ser manual, cortava o arroz com uma ferramenta - o cutelo-, juntava o arroz e fazia a chamada “pia de arroz”, após isso era estendido ao solo um pano e em cima era colocada uma mesa construída por madeira roliça onde se batia manualmente os fechos de arroz conhecida como “banca”. Feito isto os grãos eram deixados expostos ao sol para secar e depois ensacado para o armazenamento. Mas para ficar pronto para o consumo o arroz ainda tem mais uma etapa para passar, é levado para uma máquina a qual retira as cascas e assim finaliza o processo de plantio e colheita do arroz.
No começo o plantio era realizado para o consumo mas também para venda, porém atualmente o agropecuarista explica que não é viável cultivar o grão para ser comercializado devido ao custo muito alto, o fator do clima que influência muito e o preço pago é baixo. Até meados anos 80 as políticas governamentais incentivavam o plantio desse tipo de grão, pois se o agricultor não conseguisse encontrar um comprador, a sua produção era garantida pelo governo que estipulava um valor mínimo e negociava com o produtor. Porém senhor Luvanor ressalta que para o consumo se torna viável, pois a economia mensal fica em torno de R$ 100,00 o qual pode ser destinado à outros gastos.
O custo para o cultivo deste grão é aproximadamente R$ 500,00 por hectare, e o ultimo plantio realizado na propriedade foi em 2010 e a mão de obra voltou a ser mecanizada. O agropecuarista é um dos últimos que ainda luta para não deixar esta cultura acabar, e torce para que o governo olhe mais para os produtores, pois estes são os que fazem o crescimento de todo o país.
Escrito por Lienay Luz
Comunicação Social - Jornalismo - 6º Período
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