Neste último domingo, 28, foi realizada a 4ª Parada LGBT (Lésbicas,
Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) na cidade de Frutal. A concentração
das cerca de quinze mil pessoas que compareceram ao evento teve início às 13 horas,
na rotatória da Avenida Juscelino Kubitschek. Mais tarde, a Parada, que teve o
apoio da Secretaria Municipal de Cultura para sua realização, foi
oficialmente aberta com a caminhada até o Parque dos Lagos “Lêda Campos Borges”.
Diversas celebridades do mundo LGBT compareceram ao evento, dando força
à causa. O destaque, porém, foi a presença de Léo Áquilla, jornalista e uma das
mais célebres artistas dragqueen brasileiras. Léo subiu ao palco - que fora montado
no Parque dos Lagos para a apresentação de diversos artistas regionais e
convidados - por volta das 19 horas e abriu seu show com um discurso pedindo
respeito aos homossexuais. Áquilla ainda citou Lispector: “Se você tiver
direito ao grito, então grite”, referindo-se à voz da comunidade LGBT. Ele
ainda faz uma comparação e
Dragqueen, Léo Áquilla, no palco no Parque dos Lagos |
Heloísa Silva, estudante de comunicação social da UEMG, participou da
Parada e conta que adorou a experiência e o espetáculo em si, mas lamentou a
falta de verba, patrocínios e divulgação do evento. “É muito importante para a
sociedade quebrar seus preconceitos. Muitas pessoas simpatizaram com o evento e
até gente idosa que achou legal”, afirmou a estudante.
Luís Sescão, estudante de Direito e residente em Frutal desde 2011,
também gostou de ter comparecido à Parada e diz que a participação das pessoas
contribui para que seja estabelecida uma tradição. Luís elogiou a organização do
evento, a estrutura do Parque, a qualidade do som, iluminação e das
apresentações, além do respeito dos motoristas que trafegavam pelo local durante
o desfile e o apoio da Polícia Militar. O futuro advogado ainda acrescenta: “A
parada é um momento em que a comunidade local tem para demonstrar a superação
do preconceito e lutar por uma sociedade mais justa. Não são somente os membros
dos grupos LGBT que sofrem com a intolerância, mas toda a sociedade. A parada
ajuda a quebrar o tabu e trazer a igualdade de gêneros e opção ao centro do
debate, nas escolas, nas mesas de jantar. É muito importante e um marco
civilizatório”.
6°
Período de Jornalismo
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