quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O queridinho dos mineiros

Gelado não serve. Bom mesmo é quentinho. Há os que preferem comê-lo acompanhado de café, há os que preferem com chá. Logo pela manhã ou à tarde, é bem-vindo a qualquer hora. Tradicional ou os com um toque a mais, não importa, desde que seja o famoso pão de queijo.

O quitute é receita típica do estado de Minas Gerais e considerado o queridinho dos mineiros.  Não se sabe ao certo quando se originou, especula-se que a receita exista desde século XVIII, porém só ganhou popularidade no Brasil a partir da década de 1950.

Apesar de ser nomeado como “pão”, o pão de queijo foge um pouco desse conceito, e é batizado por muitos como biscoito, já que a farinha de trigo não é um dos seus ingredientes. Sua receita original é formada pelo polvilho azedo ou doce, ovo, óleo, sal e o toque final que deu origem ao nome, o queijo. Os queijos mais usados são o parmesão, muçarela e claro, valorizando ainda mais a nossa região o queijo minas.

Pão de queijo é preferência para o cafézinho da tarde
(Foto: Pamela Christiano)
Mas, os paulistas também se renderam aos gostinhos mineiros, colocaram a mão na massa e deram uma incrementada nessa receita, dando origem ao pão de queijo temperado ou recheado. “Essa invenção veio do Estado de São Paulo. Eles foram aperfeiçoando a receita tradicional. Por lá, fala-se muito em Panini, pão de queijo recheado com fatias de presunto e muçarela e depois aquecido na chapa, como se fosse um misto quente”, explica Rodrigo Sabino, empresário no ramo de panificação, confeitaria e doceria há 18 anos em Frutal, e proprietário da Central Doces e Tentações.

Presunto e muçarela não são os únicos toques que foram acrescentados para deixar ainda mais gostosa essa receita. “Além do presunto e muçarela, aqui no Catedral, colocamos cebolinha e pimenta, mas apesar desse diferencial todo mundo vem à procura do tradicional pão de queijo”, conta Ovânia Maria Ferreira Barcelo, proprietária a três anos do Pão de Queijo Catedral.

Em relação ao preço Ovânia explica que ao longo desses três anos, houve mudanças por conta do valor elevado da mercadoria utilizada. “Quando a mercadoria encarece, como o ovo, leite e polvilho, que são ingredientes essenciais para a fabricação, é preciso também subir o valor do produto. No começo, (o preço) era três pães de queijo por R$ 1,00 depois alteramos para R$0,50 centavos a unidade. Hoje, vendemos cada pão de queijo por R$0,75”.

Na Padaria Central a demanda é alta. Cerca 20 a 30 quilos de pão de queijo são vendidos por dia. Na Central Doce e Tentações a quantidade é menor: cerca de 10 quilos diários. Tudo feito à mão, “para não perder a identidade mineira”, comenta Rodrigo. Na Catedral, a produção também é artesanal e preparada ali mesmo, dando sabor e cor a grandes bolas de pão de queijo. Um truque que Ovânia explica: “é preciso deixar a massa mais leve para que ela cresça e fique mais bonita.”.

O segredo de tanto sucesso? Nada mais do que as mãos saborosas desses mineiros que fazem tudo com muito amor e carinho. É só esperar a hora do cafezinho da tarde e saborear essa típica comida mineira, “ô trem bão sô”!

Escrito por Pamela Christiano
6º período - Jornalismo 2013

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